quinta-feira, 5 de junho de 2008

O Neurofone por Jânio Sarmento

O Dr. Patrick Flanagan é um amigo pessoal de Sutphen. No início da década de 1960, ainda adolescente, ele foi listado como um dos principais cinetistas do mundo pela revista “Life”. Entre suas inúmeras invenções estava um dispositivo que ele chamou de Neurofone — um instrumento capaz de programar sugestões diretamente com sucesso através de contato com a pele. Quando ele tentou patentear o dispositivo o foverno exigiu que ele provasse que funcionava. Quando ele o fez, a National Security Agency confiscou o Neurofone. Isso tomou dois anos de batalha legal para que o inventor recuperasse seu invento.

Ao usar o dispositivo, você não ouve ou vê nada; ele é aplicado à pele, que o Dr. Patrick afirma ser fonte de sentidos especiais. A pele contém mais sensores para calor, toque, dor, vibração e campos elétricos do que qualquer outra parte da anatomia humana.

Num dos seus testes recentes, o inventos conduziu dois seminários idênticos para uma audiência de militares — um seminário numa noite e outro na noite seguinte, porque o tamanho da sala não era suficiente para acomodar todos ao mesmo tempo. Quando o primeiro grupo provou ser muito frio e não propenso a responder, o Dr. Patrick passou o dia seguinte preparando uma fita especial para tocar durante o segundo encontro. A fita instruía a platéia a ser extremamente quente e disponível, e para suas mãos formigarem (nota mental: encontrar melhor tradução para hands become “tingly”). A fita foi reproduzida pelo Neurofone, que estava conectado a um fio colocado no piso da sala. Não havia autofalantes, portanto nenhum som podia ser ouvido, embora a mensagem fosse transmitida com sucesso daquele fio direto aos cérebros dos participantes. Eles foram quentes e receptivos, suas mãos formigaram e eles responderam, de acordo com a programação, de outras formas que não se podem mencionar aqui.

Quanto mais descobrimos sobre como funcionam os seres humanos nas pesquisas de alta tecnologia de hoje, mais aprendemos a controlar os seres humanos. E o que provavelmente mais assista é que o meio para a dominação já está no seu devido lugar! O aparelho de TV na sua sala ou quarto está fazendo mais do que simplesmente entreter você.

Antes de continuar, apontemos mais alguma coisa sobre um estado alterado de consciência. Quando você entra num estado alterado, você se transfere direto para o hemisfério direito, o que resulta na liberação interna de alguns opiáceos próprios do corpo: encefalinas e beta-endorfinas, quimicamente quase idênticas ao ópio. Em outras palavras, dá uma sensação boa… e você fica desejando voltar para ganhar mais.

Testes recentes do pesquisador Herbert Krugman mostraram que, enquanto se assiste TV, a atividade do hemisfério direito superou a atividade do esquerdo numa razão de dois por um. Posto mais simples, os expectadores estavam em estado alterado… em transe mais freqüenemente do que não. Eles estavam tendo sua “dose” de beta-endorfina”.

Para medir alcances de atenção, o psicofisiologista Thomas Mulholland do Hospital de Veteranos de Bedford, Massachusetts, conectou jovens expectadores a uma máquina de eletroencefalograma que estava configurada para desligar televisor quando os cérebros das crianças produzissem uma maioria de ondas alfa. Embora as crianças tivessem sido instruídas para se concetrarem, apenas umas poucas mantiveram o televisor ligado por mais de 30 segundos!

Muitos expectadores já estão hiponitizados. Aprofundar o transe é fácil. Uma maneira simples é posicionar um quadro vazio, preto, a cada 32 quadros no filme que está sendo projetado. Isso cria uma pulsação de 45 batidas por minuto percebida apenas pela mente subconsciente — ideal para gerar hipnose profunda.

Os comerciais ou sugestões apresentadas seguindo esta transmissão que induz ao alfa são muito mais facilmente aceitas pelo expectador. A alta percentagem de expectadores que tem habilidades em nível sonambúlico pode muito bem aceitar as sugestões como ordens — ainda mais see estas ordens não pedirem ao expectador para fazer algo contrário à sua moral, religião ou auto-preservação.

O meio para dominação está aqui. Á idade de 16, as crianças terão gasto de 10.000 a 15.000 horas assistindo TV — o que é mais tempo do que elas gastam na escola! Num lar médio, o televisor fica ligado por 6h 44min por dia — um aumento de nove minutos desde o ano anterior em que a pesquisa foi feita, e três vezes a média de aumento na década de 1970.
Obviamente, isso não está melhorando… Estamos mudando rapidamente para um mundo em nível alfa — muito possivelmente o mundo Orwelliano de “1984″ — plácido, de olhos vidrados, e respondendo obedientemente a instruções.

Um projeto de pesquisa de Jacob Jacoby, um psicólogo da Purdue University descobriu que de 2.700 pessoas testadas, 90% entenderam mal até mesmo passagens simples como comerciais e “Barnaby Jones” (nota mental: descobrir que programa é esse). Apenas minutos após assistir, o expectador típico errou de 23% a 36% das perguntas sobre o que acabara de ver. Claro que erraram — eles estavam entrando e saindo de transe! Se você entra num transe profundo, você deve ser instruído para lembrar — caso contrário você automaticamente esquece.

Aqui tocamos apenas a ponta do iceberg. Quando você começa a combinar mensagens subliminares por trás da música, subliminares visuais projetados na tela, efeitos visuais hipnoticamente produzidos, batidas musicais sustentadas, num ritmo de indução ao transe… você tem lagvagem cerebral extremamente efetiva. Cada hora que você passa assistindo TV você se torna mais condicionado. E, caso você tenha pensado que existem leis contra qualquer destas coisas, tente novamente. Não há! Há muitas pessoas poderosas que obviamente preferem as coisas exatamente como elas são. Quem sabe se elas não tem planos para você?

Nenhum comentário: